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Expedição documenta áreas pouco conhecidas de Abrolhos

Áreas de ocorrência de recifes coralíneos na região são muito maiores do que se supunha

Rio de Janeiro, 04 de abril de 2012 — Fonte: Conservação Internacional Brasil

Pesquisadores da Conservação Internacional (CI) e das universidades e institutos de pesquisa que integram a Rede Abrolhos, com o apoio do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos/ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade), documentaram diversos habitats ainda pouco conhecidos na região dos Abrolhos, no sul da Bahia e norte do Espírito Santo. A Expedição Abrolhos: Novas Fronteiras, realizada entre 7 e 25 de março, registrou esses ambientes para divulgar a importância do estabelecimento de medidas de manejo e de ampliação das áreas marinhas protegidas (AMPs) nessa região prioritária para a conservação marinha no Brasil.

A região dos Abrolhos é conhecida por abrigar os maiores e mais ricos recifes coralíneos do Atlântico Sul. O trabalho de pesquisadores ao longo dos últimos anos tem mostrado que esta área de recifes é muito maior do que se supunha. Segundo Guilherme Dutra, Diretor do Programa Marinho da Conservação Internacional, "os recifes dos Abrolhos estendem-se por uma área 20 vezes maior do que a que constava nos mapas oficiais. Hoje sabemos que conhecíamos apenas 5% destes recifes.” Os recifes recém mapeados estão entre 25 e 90 metros de profundidade, possuem vida marinha abundante e foram documentados durante a Expedição Abrolhos: Novas Fronteiras.

Confira fotos dos cientistas da CI-Brasil na "Expedição Abrolhos: Novas Fronteiras"

Documentar áreas de ocorrência de algas calcárias foi o segundo objetivo da expedição. Elas cobrem a parte externa do Banco dos Abrolhos e acredita-se ser o maior banco de algas calcárias do mundo. Estas algas formam estruturas rígidas, que crescem em camadas formando nódulos do tamanho aproximado de uma bola de tênis, conhecidos como rodolitos. “É uma capa calcária viva e cheia de vida”, diz o pesquisador Gilberto M. Amado Filho, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

As algas calcárias representam um grande depósito de carbono e são de grande importância para o ciclo de vida dos peixes na região. “Os rodolitos dos Abrolhos podem ser uma das maiores lojas do mundo do que chamamos de ‘carbono azul’ — carbono absorvido e armazenado por ecossistemas costeiros que ajudam a mitigar a mudança climática”, afirmou Les Kaufman, pesquisador sênior do Programa Marinho da CI e professor da Universidade de Boston.

Mas o maior desafio da viagem foi documentar os habitats conhecidos como buracas: grandes depressões na plataforma do Banco dos Abrolhos, que são ambientes únicos, com grande concentração de matéria orgânica e peixes. Esses ambientes foram filmados e fotografados por profissionais da comunicação, com o objetivo de disseminar sua importância para a sociedade.

Para atingir as metas propostas, pesquisadores utilizaram diferentes técnicas de pesquisas: mergulho autônomo até cerca de 40 metros de profundidade e mergulho técnico, com gases especiais, permitindo que o mergulhador desça a cerca 100 metros de profundidade; câmeras de vídeo de alta sensibilidade submersas nos pontos de interesse; e um veículo operado remotamente (ROV - um tipo de robô que pode ser dirigido embaixo da água).

A documentação dos três habitats visitados pela expedição foi possível graças aos resultados obtidos numa série de campanhas científicas promovidas pela Rede Abrolhos (coordenada pela UFES e UFRJ), pelo projeto Pró-Abrolhos (coordenado pela USP) e pelo Programa Ciência de Áreas Marinhas Manejadas (MMAS – coordenado pela CI). Nestes programas, dezenas de pesquisadores dedicam-se, desde 2005, à ampliação do conhecimento sobre a biodiversidade brasileira e à melhoria da capacidade de resposta às mudanças globais, associando as pesquisas à formação de recursos humanos, educação ambiental e divulgação científica. “Com o conjunto de informações geradas nos últimos anos, a ciência tem buscado responder a uma série de demandas do setor produtivo e do governo”, garantiu Rodrigo Leão de Moura, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Essa grande quantidade de informações qualificadas pode agora começar a ser aplicada para planejar adequadamente as melhores formas de conservar e usar racionalmente a biodiversidade da região”, afirmou Moura.

Abrolhos

A região dos Abrolhos, localizada entre os estados da Bahia e do Espírito Santo, é um mosaico de ecossistemas importantes por abrigar grande biodiversidade e prover serviços ecossistêmicos, incluindo recifes coralíneos, estuários, manguezais e praias, entre outros. Com a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, abriga espécies endêmicas e ameaçadas, como o coral cérebro, tartarugas, aves e mamíferos marinhos, além de peixes de grande importância comercial. Anualmente, mais de 7.000 baleias jubarte concentram-se em Abrolhos para reprodução.

Abrolhos também tem especial importância econômica e social, principalmente para os moradores da região que dependem do oceano: trabalham como pescadores, na coleta de caranguejos nos manguezais e no setor turístico.

Áreas Marinhas Protegidas (AMPs)

Atualmente, a rede de áreas marinhas protegidas (AMPs) na região dos Abrolhos, inclui quatro áreas protegidas federais: o Parque Nacional Marinho de Abrolhos e as Reservas Extrativistas de Corumbau, Canavieiras e Cassurubá. O grande desafio das instituições que trabalham em Abrolhos é desenvolver alternativas para o manejo integrado e sustentável de áreas marinhas protegidas, aliando conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos à geração de renda.

Parceiros e Apoio

A Expedição Abrolhos: Novas Fronteiras foi coordenada pela Conservação Internacional e pelo Parque Nacional Marinho dos Abrolhos/ICMBio, com participação da Rede Abrolhos e suporte financeiro da Waitt Foundation, The Pew Charitable Trust e Fundação Veolia Environnement.

A Rede Abrolhos é uma iniciativa financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no âmbito do Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (SISBIOTA), coordenada por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Para mais informações:

Ana Cíntia Guazzelli – Comunicação do Programa Marinho da CI-Brasil - a.guazzelli@conservacao.org – (21) 2163-6373 ou (21) 7913-7785.

Guilherme Dutra – CI-Brasil – g.dutra@conservation.org.br – (21) 2173-6360

Rodrigo L. Moura – Rede Abrolhos – moura@biologia.ufrj.br – (21) 9609-2724

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