Petróleo Abrolhos
Greenpeace faz protesto em alto-mar em Abrolhos

Ativistas do Greenpeace utilizaram hoje uma placa flutuante para sinalizar, no meio do oceano, a ameaça climática representada pela exploração das reservas de óleo e gás localizadas no entorno do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia. A exploração de petróleo é uma ameaça direta à biodiversidade marinha da região e uma das principais causas do aquecimento global. Com a mensagem “Lula: ABRa os OLHOS. Salve o Clima”, o Greenpeace exigiu do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação, via decreto, de uma Zona de Amortecimento (ZA) com 95 mil quilômetros quadrados para proteger o Parque Marinho e ajudar a manter a capacidade dos oceanos de atuarem como reguladores climáticos.
A região tem a maior biodiversidade do Atlântico Sul, com um mosaico de ambientes marinhos e costeiros margeados por remanescentes de Mata Atlântica, incluindo recifes de coral, fundos de algas, manguezais, praias e restingas. Lá podem ser encontradas várias espécies endêmicas (que só existem na região), incluindo o coral-cérebro, crustáceos e moluscos, além de tartarugas e mamíferos marinhos ameaçados, como as baleias jubarte.
A Zona de Amortecimento, quando criada, impedirá atividades econômicas como a instalação de plataformas de petróleo e fazendas de camarão na região. Em 2003, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) chegou a ofertar 243 blocos de exploração de óleo e gás no entorno do Parque de Abrolhos em rodada de licitação. Na época, a sociedade civil se mobilizou, a ANP retrocedeu e o Ibama editou a portaria 39 criando a ZA, mas a medida foi suspensa pela justiça em 2007.
_ Em plena crise climática, Abrolhos, região mais rica em biodiversidade marinha e recifes de corais do Atlântico Sul, continua vulnerável à exploração de petróleo _ disse Leandra Gonçalves, da campanha de oceanos do Greenpeace. Entre os impactos do aquecimento global que afetam os oceanos estão a elevação do nível do mar, o branqueamento dos corais, a acidificação das águas e a perda da biodiversidade. Na região de Abrolhos, especificamente, a exploração de petróleo e a carcinicultura ameaçam uma grande área de algas calcáreas, que funcionam como depósitos de carbono. São organismos como estes que tornam os oceanos os maiores sumidouros de carbono do planeta.
ANP: Salve Abrolhos, Salve o Clima
Estivemos (Greenpeace) na ANP (Agência Nacional do Petróleo) para entregar a placa que usamos em Abrolhos, durante a manifestação que fizemos numa das áreas passíveis de exploração de gás e óleo. A ANP é responsável por ofertar os blocos para exploração na região de maior biodiversidade do Atlântico Sul e, investindo na busca por mais combustível fóssil, vai na contramão do futuro renovável que nosso planeta precisa. Fonte: Greenpeace Blog
Noticia por Liana Melo [ oglobo.globo.com] - 2/3/2009
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